RIO DE
JANEIRO, BELEZA, ENCANTO E MEDO.
Gilberto
A. Saavedra – Jornalista – Rio de janeiro – 29/11/2016.
Inclui dicas simples de
atenção (segurança) quando, de uma visita à cidade maravilhosa.
A cidade de São
Sebastião do Rio de janeiro é conhecida mundialmente como ‘cidade maravilhosa’
por seus encantos e belezas naturais. Interpretadas em músicas e versos como o ‘coração
do Brasil’, a linda cidade é amada e querida por todos os brasileiros.
É a cidade do nosso
país mais visitada por turistas nacionais ou do exterior, atraídos pelos
encantos que possuem, conquistando todos na graça e no charme de uma bela
cidade.
Detentora de grandes eventos trouxe para si,
uma grande fatia do bolo da arrecadação, gerando mão de obra especializada e
mais empregos no setor.
Rock in Rio, Copa das
Confederações, Jogos Pan-americanos, Copa do Mundo 2014 no Maracanã e Jogos
Olímpicos Rio 2016, mostram sua força de cidade triunfante em grandes eventos
internacionais.
Porém, tenho percebido
há algum tempo que, muitos brasileiros de vários cantos do país, que já
conhecem o Rio ou não, deixaram de visitá-lo escolhendo outro roteiro
turístico, só por causa do receio da violência urbana incluindo, inclusive,
muitos turistas do Estado Acre.
Muitos têm preferido
visitar o Nordeste que é um lugar lindo para o turismo, mas é muito mais
violento do que o Rio e nem por isso ninguém deixa de visitá-lo.
Ora, com todas as
notícias de violências, estampadas diariamente pelas mídias, quem é que não
teme? Só se a pessoa for débil mental para não saber o risco que corre.
Para ser bem sincero
com todos, não existem cidades seguras no Brasil. O problema é geral. Ou seja:
a violência impera em todo território nacional. O Rio está entre as capitais brasileiras
violentas do país, ocupando o 23° (vigésimo terceiro lugar) nas estatísticas,
fonte Agência Brasil.
Destaca-se mais nas
mídias por ser mais importante, além, dos programas policiais de Televisão que
são gerados aqui. Não se impressione com esses locais. Tenho certeza que não
fazem partes do seu roteiro turístico. São áreas de alto risco, todas
impregnadas pelos traficantes de drogas.
Quando o assunto é
violência urbana o brasileiro pensa logo na imagem da cidade do Rio de janeiro:
bala perdida, traficantes, cocaína, armas, pivetes, arrastões, trânsito
caótico, etc. Mas, também, quando o assunto é beleza e férias: Cristo Redentor
no Corcovado, Pão de Açúcar, Praias (Copacabana, Ipanema, Barra, Grumari),
Carnaval no Sambódromo, Maracanã, etc.
Mas, já que o assunto
é violência, vou dar uma dica de prevenção que, adotei para me defender da
bandidagem da metrópole do Rio de Janeiro. É uma experiência minha de
convivência com esta cidade, por mais de 43 anos de habitat.
Um dos meus primeiros
empregos com carteira assinada no Rio de Janeiro foi trabalhar como locutor de
uma grande empresa de Hipermercados tipo Pão de açúcar. Possuía 42 grandes
lojas espalhadas pelo Grande Rio além, das cidades de Nova Iguaçu, Duque de
Caxias, São João de Meriti, etc. Visitava todas.
Permanecia nesses
colossos de vendas somente, uma semana e, assim foi por dois anos. Esses meus deslocamentos
diários em coletivos (ônibus/trem/metrô) entre milhares de pessoas e lugares,
saindo muito cedo e retornando muito tarde para casa, fez de mim, uma pessoa
mais vivida para enfrentar ela mesma.
NESSE TEMPO DE RIO (43
ANOS) SÓ SOFRI DOIS ASSALTOS.
Para quem saía de casa
para o trabalho todos os dias, na área metropolitana do Grande Rio, muito cedo
e chegando tarde da noite por causa dos estudos; em horário de verão praia
todos os dias e cinema em qualquer lugar. (CD/DVD) não existiam nem em
pensamentos, foi pouco assalto.
Já nos Correios como
Funcionário Público (vinte anos), sendo (dez anos) trabalhando de madrugada no
Centro de Triagem da Rua Primeiro de Março (00: hora/06 horas), geralmente,
largava às 04 horas da manhã, sendo o restante do tempo (os outros dez anos),
espalhados por dezenas de agências em vários bairros do Rio.
Ah, ainda tinha (participava
de uma sequência de esportes) o programa na Rádio Mauá aos sábados. Por isso,
considero muito baixo os dois assaltos inusitados (fora do comum) que, somente,
eu tive no Rio nesses 43 anos como morador.
São quesitos fundamentais
que eu só aprendi com o tempo, porém, não quer dizer que, eu usando esses
cuidados todos não posso de repente, ser surpreendido por um bandido ou, por um
arrastão em plena praia de Copacabana, ou em pleno Carnaval, como eu e minha
família, fomos pegos de surpresa em pleno Passeio.
O arrastão, característico
principalmente do Rio, surge em locais de grandes aglomerações de pessoas. Sua
principal arma é o ataque ‘surpresa’. Pra esse tipo de crime, não há prevenção.
A estratégia sua é correr enquanto há tempo, para salvar os seus pertences.
Geralmente os
integrantes desse bando são jovens, entre 15 e 20 anos de idade, não usam armas
de fogo, saqueiam todos na força física.
Quando você for com
sua família (com crianças) para quaisquer lugares de imensa concentração de
pessoas (multidão), nunca deixe de marcar os seus filhos com nomes, endereços,
telefone numa fitinha no pulso ou no pescoço.
Se for à praia, pouca indumentária;
dê um jeitinho de colocar o dinheiro ou cartão num lugar seguro no bolso do
short e, para mulheres no sutiã que, poderá passar para amiga quando for dar um
mergulho.
Arrastão.
Na hora da correria da
multidão, muitos caiem, se machucam e muitas crianças são perdidas dos pais momentaneamente.
A gente nunca sabe o que vai acontecer, por isso: prevenir é melhor que
remediar.
O primeiro assalto que
sofri, foi em pleno Carnaval Carioca no Centro da cidade, quando eu e família
retornávamos (de noite) para casa. Fomos pegos de surpresa por um ‘arrastão’ no
Passeio. Estávamos entrando num ônibus com destino ao Humaitá onde morávamos.
Todos da família conseguiram entrar no
coletivo e, eu para proteger os meus parentes fui o último a subir, mas fui
pego inicialmente nas escadas do coletivo por dois saqueadores, quando eu ainda
estava agarrado com minhas mãos, nas duas alças de segurança da escada do coletivo.
Um dos delinquentes do
bando, numa rapidez desproporcional arranca o meu relógio (e corre); o outro
pivete numa violência brutal puxa e rasga o bolso de minha calça Jean onde
estava o meu dinheiro (ainda não existia cartão de crédito para o pobre).
Porém, nesse momento,
como eu já tinha uma das mãos livres, numa fração de Superman (Kkkkk), agarrei o
segundo ladrão pelo braço que, já estava com a minha carteira em uma de suas
mãos. Puxei-o com força para dentro do ônibus. O motorista fechou a porta e deu
a partida. Só o deixou sair na Rua São Clemente na entrada do Morro de Santa
Marta. Continuamos no coletivo até à Rua Humaitá.
O segundo assalto e
último foi praticado por um punguista (mão leve com plástico) que,
incrivelmente, conseguiu retirar o dinheiro de um dos bolsos (da frente) da
minha ‘Calça Jean’ sem levantar suspeita.
Eu estava dentro de um ônibus superlotado. O
larápio Surrupiou (espalmou) o dinheiro da oficina do conserto do meu carro.
Umas dicas para as
pessoas que chegam ao Rio pela primeira ou já visitam o Rio pela segunda,
terceira vez etc.
Sabe aquele ditado que
diz, ‘O brasileiro só fecha à porta depois de roubado’. É verdade! Só que para
mim, agora, estou mais prevenido.
(DURANTE UM PASSEIO AO
COMÉRCIO)
Você pode usar
quaisquer tipos de roupas o gosto é seu, mas, um vestuário simples que dê
impressão de trabalho: calça, blusão ou camisa social (nada de cor
extravagante); também serve para as mulheres, blusão, camiseta ou um vestido
que não mostre muito suas curvas.
Feito esse procedimento, você vai ficar
parecida com as dezenas ou centenas de pessoas que estão ali trabalhando, com
se fosse de casa (carioca) e não como turista que é mais visada. Quanto menos
chamar atenção, melhor. Sua probabilidade de ser notada é mínima; a estratégia
é passar despercebida do bandido. Vestido chamativo não é muito bom! Mas não
quer dizer que você não possa usá-lo.
Esse tipo de traje
feminino chama muito atenção, principalmente dos homens e numa dessas olhadas
masculinas pode morar o perigo, ou seja: por azar o que te observou pode ser um
espírito de porco (ladrão) e rapidinho ele vai te analisar; Se há cordão no
pescoço, um bom relógio, celular dando sopa, além da bolsa. Nos locais livres
como o comércio, a quadrilha age rápido. Eles nunca assaltam sozinhos. Procure
sempre andar acompanhada.
Guarde sua máquina
fotográfica para lugares seguros de turismo na cidade, como Pão de Açúcar,
Corcovado etc. Frisei esse tipo de roupa em visita ao comércio só para passar
despercebida porque nessas áreas o fluxo de roubo é maior, porém, o gosto é
seu.
Sabe aquela história
de que todos os turistas gringos chegavam ao Brasil com blusões coloridos e
largos? Eles mudaram! Os blusões eram de tecidos chineses e bem baratos na
Europa. Turista estrangeiro tem fama de mão de vaca. Eles aprenderam e não
chegam mais ao Brasil assim já fantasiado para o carnaval.
No Cristo Redentor,
Pão de Açúcar e outros locais turísticos reservados, geralmente, esses locais
são seguros, mas todo cuidado é pouco e não se deve conversar com estranhos. O
punguista gosta de agir em locais assim, por causa dos cartões internacionais
dos turistas estrangeiros.
Ao notar qualquer
irregularidade, por exemplo: dentro de um bondinho em sua subida para o morro
Pão de Açúcar, alguém encostando muito em você, pede licença e muda de posição
ou local. O Bondinho está sempre superlotado.
Antes de chega à
cidade, trace um roteiro de visita. Saber com antecedência o local escolhido é
fundamental. É bom evitar áreas de risco e horários, esses locais perigosos que
você vê pela Televisão. O Rio de Janeiro têm centenas de belíssimos e seguros lugares
que, deixará você feliz e pensando já num próximo retorno.
Embora o nosso Brasil
seja um país lindo e amado pelo seu povo, ainda está muito longe de ser uma
nação pacífica.
Boa viagem e feliz
passeio! Espero ter sido útil um pouquinho, a você.




