“QUANDO EU MORRER” Autor - Gilberto A. Saavedra
MEMORÁVEIS ACREANOS
sexta-feira, 14 de novembro de 2025
segunda-feira, 18 de agosto de 2025
ROSALINA, MEU BEM-QUERER.
(Gilberto A. Saavedra)
Esta é a história de um
bárbaro crime, que aconteceu em Rio Branco, capital do Acre, em meados da
década de 40 (1943), o assassinato da Professora Rosalina Sousa da Silveira.
A cidade ainda era bem pequena
e pacata nessa época, e esse trágico acontecimento chocou toda a sociedade
rio-branquense.
A professora Rosalina, como
de costume, saia de casa pela manhã durante a semana, para ministrar aulas num
antigo grupo escolar.
Era uma moça muito
educada de apenas 20 anos de idade, que desfrutava de um sorriso encantador,
contagiante, o qual por sua alegria tinha o poder de provocar reações idênticas
em outras pessoas, ganhando simpatia de todos os transeuntes.
Morava bem pertinho de
um presídio no centro da cidade, no qual os presidiários pela manhã tomavam um
banho de sol, diariamente.
O muro do presídio não
era de tijolos, apenas uma cerca de arames. Por esse motivo os presos podiam
ver o movimento das pessoas lá fora.
Entre os detentos, um de
nome Lázaro, se apaixonou pela professorinha Rosalina - e todos os dias,
naquele mesmo horário de banho de sol, ele estava lá para ver o seu amor
passar.
Lázaro já não aguentando
mais essa paixão desenfreada, conta a um amigo que sempre o visitava esse seu
amor pela professora.
Pede ao amigo, que era
um jornalista de nome Praxedes, para que escrevesse uma carta à professora,
pois ele era analfabeto.
O jornalista se segurou
um pouco, mas acabou cedendo o pedido de Lázaro. Fez várias cartas destinadas a
ela, porém não entregava e, ao mesmo tempo, escrevia outras e lia para o preso,
como se fosse a Rosalina que estava respondendo.
Passado um tempo,
Rosalina arranja um namorado, um piloto de aviação, que lhe propôs o pedido de casamento.
Quando o jornalista
tomou conhecimento da notícia, que Rosalina ia se casar, se desesperou e tratou
logo de escrever mais uma falsa carta ao Lázaro;
Na missiva, Rosalina
explicava ao preso, que tinha surgido um novo amor em sua vida e que essa era a
última carta para ele. Tudo tinha terminado.
Lázaro ficou
transtornado, cheio de ódio; disse que não poderia viver sem ela. Por causa desse motivo iria acabar com a vida
dela.
Pouquíssimo tempo depois
os presos foram aparar o capim da via pública, na dita rua onde morava a
Rosalina.
Entre os presos estava o
Lázaro, ainda rancoroso. Naquele exato momento Rosalina saia de casa com
destino ao trabalho. Ao vê-la, partiu em sua direção com o afiado terçado na
mão. Rosalina notou aquele homem vindo muito rápido em sua direção. Quando ele
se aproximou, ela quis dizer algo, mas não conseguiu.
Lázaro levantou o braço
com o terçado e violentamente o cravou bem no coração da professorinha que caiu
ao chão já completamente morta.
A história é verídica;
foi publicada na imprensa local.
Quanto ao destino do
presidiário Lázaro e do jornalista Praxedes, há muitas versões que foram
amplamente divulgadas e outras que ficaram perdidas na memória da sociedade.
Que o Jornalista
Praxedes deixou o estado;
Que o presidiário se
matou logo após o crime, ou
que cumpriu a condenação
e foi embora do Acre. Ele era autor também de outro crime e por isso estava
cumprindo pena no presídio;
Que a família da
professora, também tenha deixado o estado acreano.
(Publicado por Gilberto
A. Saavedra) _
quinta-feira, 17 de outubro de 2024
SOLDADO ACREANO DA 4ª CIA DE FRONTEIRA, RAIMUNDO NASCIMENTO DE CARVALHO
(O LASCA-BOMBA), QUE FOI PARAR LÁ NO BATALHÃO MILITAR DO CANAL DE SUEZ, FAIXA
DE GAZA ORIENTE MÉDIO.
(Gilberto A. Saavedra – Jornalista)
Num total de 20 contingentes do Exército Brasileiro, desde o ano de 1956
até o de 1966 (dez anos) o governo brasileiro enviou um total aproximado de
6300 militares, como parte da Força de Paz da ONU, encaminhada ao conflito
existente entre Egito, Israel e seus vizinhos árabes a partir de 1956.
Cada contigente permanecia um ano no local e cada seis meses metade do
grupo era renovada.
No Egito, os militares brasileiros se deparavam com um ambiente hostil,
com clima de deserto agressivo, muito seco e quente durante o dia, e frio à
noite.
Criado por decreto do Congresso Nacional do Brasil em 22 de novembro de
1956, fez parte das Forças de Emergência das Nações Unidas em operação no Egito,
ao longo do Canal de Suez, durante aquele conflito e nos anos posteriores, ao
longo de dez anos, do governo do brasil.
1965 - RIO BRANCO, ACRE – PERÍODO DO REGIME MILITAR
Era mais ou menos no meio daquele ano, quando o comando militar do
Exército Brasileiro no Acre, foi substituído pelo novo comandante, Capitão
Bustamante.
Com a nova direção houve muitas mudanças no quartel: novo cardápio e
muitas atividades físicas e esportivas, a criação da Polícia do Exército
(famosa PE) aos militares da Companhia.
Na época, o comando militar da Amazônia foi indicado para participar com
seus militares, da leva do 18º Contingente da Força de Paz da ONU, com destino
ao Batalhão de Suez no Egito, no Oriente Médio.
No Acre, foram escolhidos pelo comando três soldados em boas condições
físicas de saúde: Arcada dentária completa (sem cárie), boa visão e audição,
ótimo preparo físico.
Raimundo Nascimento de Carvalho (o Lasca-Bomba), Gilberto A. Saavedra
(eu) e o terceiro soldado não consegui recordar o seu nome, foram os agraciados.
Aprovados nos quesitos viajamos para Manaus, onde teríamos novas
avaliações entre os aprovados.
No batalhão do Regimento nos apresentamos aos responsáveis militares.
Resolvemos alugar um quarto no bairro Educandos, para termos mais um
pouco de liberdade pela cidade, de vez, que, teríamos que chegar no quartel até
às 21 horas.
O bairro era pobre, mas a visão de lá era bela. Podia se ver o porto de
Manaus e suas embarcações em movimentos.
Concluídos os exames finais, somente o soldado Raimundo (Lasca-Bomba)
foi aprovado.
De Manaus viajou para Recife e logo depois embarcou num navio de guerra
da Marinha Brasileira com destino ao Canal de Suez no Egito.
A viagem durou cerda de 40 dias. Lá permaneceu durante um ano.
No retorno ao Acre, Raimundo voltou a estudar e concluiu o curso de
Bacharelado da UFAC.
Foi Delegado em Rio Branco e após aprovação em concurso público, exerceu
o cargo de Procurador de Justiça do Acre, até à sua aposentadoria.
Atualmente, O Dr. Raimundo Nascimento de Carvalho e família residem no
Nordeste no estado de Alagoas.
Parabéns, grande amigo pela fantástica façanha em prol do nosso Brasil,
festejada e inesquecível.
PEQUENO HISTÓRICO DA CRIAÇÃO DE SUEZ
A construção do canal foi idealizada por um francês.
O nome está ligado à sua construção pela Companhia Suez, através do seu
construtor responsável, o francês Fernand L.
A obra do canal foi iniciada em 1859 e levou dez anos para ser
concluída.
Foi inaugurada em 17 de novembro de 1869. Todo o projeto foi financiado
com capital britânico que operou tecnologia francesa.
A QUEM PERTENCE O CANAL DE SUEZ
Ao governo do Egito.
QUAL A IMPORTÂNCIA DO CANAL NA REGIÃO.
Encurtou o percurso (distância) ligando o Mar Mediterrâneo ao Mar
Vermelho, proporcionando rapidez da rota marítima entre Europa e Ásia, cruzando
o canal 50 navios (de qualquer tamanho) por dia, o que representa
aproximadamente 14% do comércio mundial.
O canal tem aproximadamente 195 km de extensão; 170 metros de largura
por 20 metros de profundidade.
Ele é maior um pouquinho do que à distância entre Rio Branco e Xapuri).
Um navio cargueiro leva de 13 a 15 horas para atravessar o canal
egípcio.
A GUERRA DE SUEZ
Numa manifestação em Alexandrina em 23 de julho de 1956, o presidente
egípcio Gamal Abdel Nasser diante de uma grande multidão declarou
nacionalização da Companhia do Canal de Suez e que forças egípcias a partir
daquele exato momento, se dirigiam para a Zona do Canal para assumirem o
comando.
França e Reino Unido, mais o apoio de Israel, rejeitaram o processo de
nacionalização e declaram guerra ao Egito, invadindo a região do Canal de Suez,
onde saiu o Egito como derrotado militarmente frente as forças inimigas.
A CRIAÇÃO DO FORÇA DE PAZ DA ONU
Após a nacionalização do canal pelo presidente egípcio em 1956, França e
Reino Unido, administradores da região do canal, municiaram Israel para invadir
a Península do Sinai, levando ao conflito denominado Guerra de Suez.
OPERAÇÃO
A Força Emergencial iniciou suas atividades militares no canal (Oriente
Médio), integrada pelo Canadá, Brasil, Colômbia, Dinamarca, Finlândia, Índia
Indonésia, Iugoslávia, Noruega e Suécia, com o encargo de restabelecer o
cessar-fogo entre os envolvidos.
ANO DE 1956 - PRIMEIRO BATALHÃO BRASILEIRO
AO CANAL DE SUEZ EM MISSÃO DE PAZ.
O primeiro contingente do batalhão, com cerca de 80 sapadores
(especialistas no desarme de minas) embarcou para a região em 14 janeiro de
1957 em avião da Força Aérea dos Estados Unidos.
A força total do batalhão foi transportada para Suez a bordo do navio da
marinha brasileira Custódio de Melo e desembarcou em Port. Said em 4 de
fevereiro de 1957.
O batalhão brasileiro ficou estacionado próximo à cidade de Rafah,
instalando seu Quartel-General num antigo forte inglês nas imediações da
cidade, próximo à Faixa de Gaza.
FAIXA DE GAZA
A Faixa de Gaza é o nome de um território palestino localizado no
Oriente Médio.
Trata-se de uma estreita faixa de terra situada entre o mar
Mediterrâneo, o Egito e Israel, ocupando uma área de 365 quilômetros quadrados,
povoados por vilas, cidades e campos de refugiados, sendo Gaza sua cidade mais
populosa.
Atualmente, a população de Gaza é estimada em 2,4 milhões de habitantes.
A maioria dos habitantes professa a fé muçulmana.
A Faixa de Gaza está formalmente subordinada à Autoridade Nacional
Palestina, presidida por Mahmoud Abbas, mas, na prática, é controlada pelo
Hamas, movimento político e militar muçulmano sunita fundado em 1987. Todas as
entradas e saídas da Faixa de Gaza são controladas por Israel, exceto uma, que
fica na fronteira com o Egito.
sábado, 21 de outubro de 2023
MINHA CASINHA AMIGA DE PALHA OU PAXIÚBA
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