sexta-feira, 22 de setembro de 2023


 AMAZÔNIA: CHOUPANA DE PALHAS

(De Gilberto Saavedra - 2016)
Ao tocar no úmido
e gelado piso de barro
com os meus magros e grandes pés
da hospitaleira casinha,
eu sentia uma força interior, posterior.

Em minha volta somente,
as paredes e o telhado de palhas,
encharcados pelas repentinas paradas
das intermitentes chuvaradas.
Nos fundos da choupana,
as brasas queimavam ardentemente
num grande fogão a lenha a todo vapor.
Lá às margens do rio,
a menina moça
lavava bravamente
às roupas de casa.
O Sol escaldante
irradiava no seu lindo rosto
à sua fina e branca pele
nos tons laranja vermelho,
refletindo nas águas cristalinas,
transformando-a numa imagem
de uma bela e sensual sereia.
Ao anoitecer, porém,
o antigo ferro em brasa
não tinha hora para esfriar.
À frente, deitado numa rede,
eu me embalava feliz;
Pela janela contemplava fixo,
a formosura do infinito firmamento.
Entrementes, pensativo e tristonho
buscava soluções para o meu amanhã
de caboclo amazônida
(Gilberto Saavedra)
Todas as reações:
Você, Ana Maria Brandt, Ali e outras 12 pessoas

Nenhum comentário:

  “QUANDO EU MORRER” Autor - Gilberto A. Saavedra QUANDO EU MORRER, O MUNDO JAMAIS EXTERIORIZARÁ O FATO POIS NUNCA FUI NENHUM GRANDE LÍDER D...